Sacomã 

Área da Figueira das Lágrimas passa por revitalização

A Figueira das Lágrimas é considerada uma das árvores mais antigas da cidade de São Paulo, remanescente da vegetação original paulistana, era o local das despedidas daqueles que seguiam a caminho do litoral. Segundo os historiadores, até Dom Pedro I aproveitou a sombra desta árvore, que deu nome também à Estrada das Lágrimas.

Demanda antiga da região, em abril/2019, com emenda do vereador Gilberto Natalini, foi iniciado o processo licitatório para a requalificação da Praça Figueira das Lágrimas, em terreno público. No início de julho foi dada a ordem de início para o serviço de conservação do muro lateral, que corria risco de desabamento, e requalificação do local, com prazo total de 120 dias.

A árvore, que tem sua saúde acompanhada rotineiramente por agrônomos, é tombada e, pelo contexto histórico, a administração regional orientou a empresa que está realizando a obra a armazenar o material para posterior avaliação. É nesta área que serão feitas as obras de revitalização, seguindo projeto elaborado pela Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente e aprovado pelos órgãos de preservação do patrimônio, visando à preservação da memória da população local e da história da urbanização de São Paulo.

Vale destacar que, além do engenheiro responsável, a obra também recebe supervisão de um agrônomo, para que não haja impacto ambiental e a Figueira se mantenha firme por muitos anos. Desta maneira, um dos símbolos do bairro passa não só a ter o tratamento devido, como se torna mais acessível para a população.

Ações Passadas

No dia 12 de setembro de 2011, a Figueira das Lágrimas, de idade não calculada, que fica na Estrada das Lágrimas, altura dos números 515 e 535 no Sacomã foi vistoriada para reavaliação após dois meses do início dos tratamentos. No local, estiveram presentes engenheiros agrônomos da Unidade de Áreas Verdes da Subprefeitura Ipiranga e da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, o Chefe de Gabinete e o Coordenador de Projetos e Obras da Subprefeitura Ipiranga e dois técnicos da SVMA.


Em 12 de julho de 2011 foi realizado serviço de poda do Fícus benjamina e removido galhos que atravessavam e sobrepunha a copa do exemplar Fícus organensis, que é a árvore nativa apelidada de Figueira (ou Árvore) das Lágrimas. Na época, aplicou-se uma cobertura morta (milching), que é uma prática agrícola para proteger o solo e também realizada adubação com irrigações periódicas. Material botânico foi coletado das folhas e ramos aéreos e encaminhados para o Instituto Botânico sendo este material analisado por uma equipe de pesquisadores da área de entomologia e micologia. Não foi observado ataque de pragas e ou agentes patogênicos no material analisado da Figueira organensis, apesar do ataque de mosca branca observada na Figueira benjamina. Em 26 de julho de 2001 foi realizado o serviço de remoção de tecidos necrosados do tronco da Figueira organensis.

Na vistoria do dia 12 de setembro, constatou-se que a árvore apresentava bons sinais de recuperação, com razoável índice de folhas formadas na copa e alto número de brotações laterais em desenvolvimento.

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